Um Pouco de Nada

"A esperança é crônica. O medo é agudo."

Millor Fernandes via twitter

10.11.10

Seja alegre

O texto abaixo não é meu. Trata-se, na verdade, de uma palavra pastoral do site da Igreja Batista de Água Branca (SP), presidida pelo pastor Ed Rene Kivitz.
Diante das adversidades que tenho vivenciado nesses dias, o texto alegrou muito o meu coração. Que alegre também o seu. Hoje e sempre!


“O homem faz a religião, a religião não faz o homem. E a religião é, de fato, a autoconsciência e o sentimento de si do homem, que, ou não se encontrou ainda, ou voltou a se perder. [...] A religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real”. Estas famosas palavras de Karl Marx em sua obra Crítica da filosofia do direito de Hegel, publicada em 1844, podem ser verdadeiras a respeito da religião, mas são absolutamente falsas a respeito da espiritualidade cristã. A carta que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos da cidade de Filipos, no ano 62, é um vigoroso testemunho de que existe uma alegria que não se explica por alienação, ilusão ou fuga fantasiosa de uma realidade indesejada e um mundo cruel.
Algemado 24 horas a um soldado da guarda de elite de César, numa prisão domiciliar em Roma, aguardava julgamento por ter sido acusado de crimes para os quais a pena era a morte – o que, de fato, mais tarde, acabaria por acontecer, conforme nos diz a tradição da Igreja, que informa que o apóstolo Paulo foi decapitado no ano de 67 d.C., por ordem do Imperador Nero. Paulo, apóstolo, não estava iludido nem confuso, sabia que era prisioneiro por causa de sua fé em Jesus Cristo e que, dificilmente, seria absolvido. Não tinha razões para viver alegre, mas, ainda assim, escreve uma carta em que recomenda a alegria a todos. Qual era, então, o segredo da sua alegria?
Warren Wiersbe fez uma leitura original da Carta aos Filipenses [SEJA ALEGRE. Queluz, Portugal: Editora Núcleo], onde apresentou os quatro ladrões da alegria e nos mostrou como podemos capturar e prender cada um deles. O primeiro ladrão está identificado com a palavra circunstâncias, que podem roubar nossa alegria. Foi Nietzsche quem disse que “somente quem sabe o porquê da vida é capaz de suportar-lhe o como”. E Paulo sabia: “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (1.21), e, por essa razão, me alegro em saber que “as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” (1.12).
As pessoas também podem roubar nossa alegria. Mas não podemos esquecer que nós somos “as pessoas” das outras pessoas. Num mundo em que todo mundo coloca a si mesmo em primeiro lugar, não é estranho que vivamos tantos conflitos. A sugestão do apóstolo Paulo é simples: todos devemos abandonar o egoísmo e imitar o jeito Cristo de viver (2.3-8).
Também as coisas podem roubar a nossa alegria. Os chineses têm um ditado que diz que se você tem alguma coisa que não pode perder, então não é você que tem a coisa, é a coisa que tem você. O apóstolo Paulo recomenda que façamos uma avaliação em busca daquilo pelo que realmente vale a pena viver. Depois de avaliar sua vida concluiu que seus três maiores desejos eram: conhecer a Cristo, experimentar o poder da sua ressurreição e participar dos seus sofrimentos (3.10). Percebeu que, comparadas a Cristo, todas as coisas eram como esterco. Paulo era daqueles sobre quem Jim Eliot afirmou: “Não é tolo nenhum aquele que abre mão do que não pode reter, para ganhar o que não pode perder”.
Finalmente, a ansiedade a respeito do futuro pode roubar a nossa alegria. Paulo recomenda: “Não vivam ansiosos por coisa alguma; antes as suas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus pensamentos e sentimentos em Cristo Jesus” (4.6,7). A oração é um caminho de paz e alegria, pois somente quem é capaz de se ajoelhar diante de Deus consegue afirmar: “Posso todas as coisas em Cristo, que me fortalece” (4.13).
A carta aos Filipenses não é auto-ajuda barata, que diz ao leitor iludido que tudo vai correr bem e que, ao final, tudo dá sempre certo. Não é uma dose de ópio. É um testemunho de fé. A fé que vence o mundo. A fé em Jesus Cristo, nosso Senhor. Em nome de quem a vida vale a pena.

8.11.10

Los Doces e Amargos Recuerdos

Em um ano qualquer do século passado – tá bom o ano foi 1996 – fui curar as mágoas de um coração partido na Venezuela, mais precisamente em Porlamar. Eram tempos de sucesso das Islas Maragarita entre brasileiros da Amazônia.
Detalhe: viajei em um voo lotadíssimo e não conhecia viv’alma.
Chegamos a Porlamar a noite. Seguimos direto para o hotel.
Do lado funcionava a melhor casa noturna da cidade à época.
Duas moças de Roraima me convenceram que o melhor a fazer era conhecer o lugar, afinal só teríamos dez dias naquele país.
Pense num lugar animado. Tequila, música boa, gente bonita. Literalmente férias do Caribe!!!!
Eis que o DJ da casa toca uma música alegre, vibrante ( Ya se que no vendrás/Todo lo que fué/El tiempo lo dejó atrás/Se que no regresarás/ Lo que nos pasó/No repetirá jamás ... ).
Perguntei a um rapaz da ilha que música era aquela e ele respondeu: É Shakira!
No dia seguinte qual foi meu compromisso antes da praia? Visita à loja de CD mais próxima do hotel.
Comprei o CD, claro. Na volta, mais ou menos um depois, a música estourou nas rádios do Brasil, como já tinha acontecido nos demais países da América Latina.
Desde então sou apaixonada pela voz desta colombiana que, como eu, tem descendência libanesa.
Quem me conhece sabe que Waka Waka me é irresistível.
Mas, a verdade é que minha primeira paixão foi Estoy Aqui. E Pies Descalzos não sei do porta cd do carro jamais!
Como diz a letra: Mil años no me alcanzarán/ Para borrarte y olvidar.
P.S. Em Porlamar conheci uma cerveja venezuelana chamada Polar e seu real significado: Para Olvidar Los Amargos Recuerdos! Não gosto de beber, muito menos cerveja, mas gosto do simpático nome. Tudo a ver como se diz por aqui.
Por isso continuo seguindo a velha tese: tem coisas que só Shakira faz por você! Para todas as mais existe, bem vocês sabem, não?

21.10.10

Só um pequeno comentário

Sabe aquela música "quando fevereiro chegar, saudade já não mata gente..."? Eu tô muito querendo cantar: "quando novembro chegar, esse carnaval eleitoral vai acabar e voltaremos todos à vida normal..."
Confesso que ando sem paciência para o noticiário. Menos ainda para as redes sociais. Prefiro os blogs de decoração, variedades mil (futilidade para alguns, necessidade para minha pessoa).
Confesso: a sujeira online me sufoca. E o conversê eleitoral me deprime (corra, Forest, corra!!!!)
É de uma pobreza e mau caratismo sem fim. Os argumentos são cada um  mais precário que o outro. Uma hora a culpa é da elite conservadora, noutra os culpados são os evangélicos conservadores - acredite, já tem gente dizendo que daqui a pouco, não duvido nada, teremos uma versão 2.0 da KKK. Enquanto isso, discutir o que realmente importa, o Brasil dos próximos anos, ninguém quer nem saber.
No dia-a-dia a situação não é diferente. Para onde vc se vira a discussão é a mesma. Nessa guerrinha de bolinhas papel e bexigas cheias de água, amizades são desfeitas, pessoas são desrespeitadas, outras agredidas verbalmente...
O pior dos mundos nesse contexto é a timeline do Twitter. Sinceramente, não vejo a hora de uma boa par de gente sem noção largar a ferramenta da moda para se preocupar com coisas mais importantes que sairem atacando fulano e beltrano na rede social da vez - sim, depois da campanha eleitoral boa parte das contas serão encerradas -,limpando, enfim e quem sabe, a sujeira do TT.
Novembro nunca foi tão aguardo. Até lá #Oremos!

15.10.10

Acorda, Alice!

Não vou mentir...
Ando assim (meio) totalmente Alice. Claro, tenho Alice no País das Maravilhas na estante.
Guardo e leio com o mesmo carinho de O Pequeno Príncipe (sim, sim, eu tenho e leio sempre, mas não tenho menor vocação pra  miss, ok?
Há uma música que define muito bem esse sentimento. Fez muito sucesso na minha juventude.
E, engraçado, continua dizendo muito de mim.
Como ainda não sei postar vídeo, eis o link do clipe:  http://www.youtube.com/watch?v=l7H1HiV27FU

Alice não escreva aquela carta de amor (Leoni)

Tantos sonhos morrem
Em poucas palavras
Um bilhete curto
E já não há nada
Alice não se esqueça do nosso amor
Será que eu tenho sempre que te lembrar
Todo dia, toda hora
Eu te imploro por favor
Refrão:
Alice não me escreva aquela carta de amor
Alice não me escreva aquela carta de amor

Sempre tive medo
Das suas idéias
Porque você precisa
Ser tão sincera
Alice eu tô treinando prá te enfrentar
Tenho mil motivos prá você me suportar
Fica mais uma semana
Nesse tempo a gente engana

Todo mundo sabe de alguma coisa que eu não sei
De um filme que eu não vi de uma aula que eu faltei
Por mais que eu tente eu nunca chego no horário
Eu perco tudo o que eu ponho no armário
Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil
A fila que eu escolho vai sempre andar mais devagar
E o troco acaba bem na hora em que eu vou pagar
Se eu me distraio um único instante
Pode apostar que eu perco o mais importante
Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil
Os vizinhos devem rir por trás do jornal
E eu desconfio de um complô, o maior que já se armou
Uma conspiração internacional

Vai me dizer que nunca se sentiu assim? Jura? Poxa, então eu não sou normal.
Acorda, Alice!

Amor incondicional

Não o conheço. Nunca trocamos sequer um "bom dia".
Mas seu olhar me incomodou desde a primeira vez.
Um olhar severo, dividido entre a admiração e o sarcasmo. Não sei explicar direito...
Achei que fosse bobagem.
Não era.
O tempo provou isso.
Não faz mal.
Quero-te bem. Oro por você.
Que o Senhor te abençoe e te guarde. Hoje e sempre.
P.S: Val, querida, muito obrigada!
Carinhos meus!

14.10.10

A Vida Começa aos 40

Sinto falta do meu computador. Muita falta. Lá dentro tem um pedaço de mim. Fotos de amigos, textos que me foram enviados. Textos que escrevi e nunca publiquei. Alguns poemas, crônicas, pensamentos meus... minha monografia e TCC da Pós Graduação. Enfim, coisas minhas, que vou reaver em breve, mas que me fazem falta. Como faz falta, por exemplo, o primeiro texto dessa série que pretendia postar aqui no blog.
Na falta dele, por enquanto, tento reescrever novas linhas adequadas à realidade do hoje, pois o ontem já se foi e o amanhã quem saberá?
Bem, o fato é que no dia em que completei 22 anos de carreira no jornalismo acreano, comecei – ainda que não soubesse - ,  uma nova etapa de vida. Etapa esta que não começou agora, mas em outubro do ano passado (2009). Como para se chegar lá é preciso de muitos passos, acho que cheguei em algum ponto do caminho. Agora não mais escrevendo  uma coluna diária. Não mais só a política e seu dia-a-dia. Um pouco de tudo. Um quase nada.
De certeza só mesmo a citada acima: a vida começa aos 40. No entardecer da primavera dos meus 40 janeiros, deixo as águas de março rolarem sem medo. As lágrimas que saem dos olhos são espelhos da minh’alma. Já não estou só. Confio. Ando sobre as águas sem medo. E elas já não estão nos arteiros. Nem nos joelhos. Me tomam pelos ombros...
Sigo em frente. Dou graças a Deus pela fé que move, remove, derrubou as muralhas de Jericó que me cercavam – ao soar da trombeta - e, ao mesmo tempo, me mantém firme tal qual a casa firmada na rocha.  Amanhã explico melhor.
Carinhos meus.
Espalhem por aí.

16.5.10

Declação Pública

Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.

(Jó 19:25)

Hoje é um dia especial. Dia em que o Senhor colocou no meu coração que, dessa vez eu irei, sim, ao Peru em outubro. E colocou a necessidade de uma preparação para tal. Na verdade, uma consagração. Não sei exatamente ainda como será essa consagração. Mas o SENHOR me mostrará. E eu aguardo.

Enquanto isso, lerei nos próximos dias o livro de Tiago. Não sei exatamente o que Deus quer falar comigo ali, mas sei que grandes coisas Ele fará. Por enquanto, me lembro de duas palavras, a que abre esse texto e é muito conhecida.


21.3.10

Voltei!!!

Depois de uma longa ausência voltei. Continuo sem saber como serão as coisas por aqui. 
Enfim...
O importante é o começo. A estrada me dirá o caminho.
Não tenho a menor intenção de formar opinião ou indicar caminhos.
Quero só um espaço para - de quando em vez - escrever o que vier na cabeça. 
Se as pessoas vão gostar ou não sei. Isso, sinceramente, não importa muito.
Não busco o sucesso, só um lugarzinho nessa galáxia internética.
Apesar disso, sejam todos bem vindos. Puxe um banco e conversemos.
Sou melhor de conversa virtual. Pode acreditar.