Um Pouco de Nada

"A esperança é crônica. O medo é agudo."

Millor Fernandes via twitter

21.10.10

Só um pequeno comentário

Sabe aquela música "quando fevereiro chegar, saudade já não mata gente..."? Eu tô muito querendo cantar: "quando novembro chegar, esse carnaval eleitoral vai acabar e voltaremos todos à vida normal..."
Confesso que ando sem paciência para o noticiário. Menos ainda para as redes sociais. Prefiro os blogs de decoração, variedades mil (futilidade para alguns, necessidade para minha pessoa).
Confesso: a sujeira online me sufoca. E o conversê eleitoral me deprime (corra, Forest, corra!!!!)
É de uma pobreza e mau caratismo sem fim. Os argumentos são cada um  mais precário que o outro. Uma hora a culpa é da elite conservadora, noutra os culpados são os evangélicos conservadores - acredite, já tem gente dizendo que daqui a pouco, não duvido nada, teremos uma versão 2.0 da KKK. Enquanto isso, discutir o que realmente importa, o Brasil dos próximos anos, ninguém quer nem saber.
No dia-a-dia a situação não é diferente. Para onde vc se vira a discussão é a mesma. Nessa guerrinha de bolinhas papel e bexigas cheias de água, amizades são desfeitas, pessoas são desrespeitadas, outras agredidas verbalmente...
O pior dos mundos nesse contexto é a timeline do Twitter. Sinceramente, não vejo a hora de uma boa par de gente sem noção largar a ferramenta da moda para se preocupar com coisas mais importantes que sairem atacando fulano e beltrano na rede social da vez - sim, depois da campanha eleitoral boa parte das contas serão encerradas -,limpando, enfim e quem sabe, a sujeira do TT.
Novembro nunca foi tão aguardo. Até lá #Oremos!

15.10.10

Acorda, Alice!

Não vou mentir...
Ando assim (meio) totalmente Alice. Claro, tenho Alice no País das Maravilhas na estante.
Guardo e leio com o mesmo carinho de O Pequeno Príncipe (sim, sim, eu tenho e leio sempre, mas não tenho menor vocação pra  miss, ok?
Há uma música que define muito bem esse sentimento. Fez muito sucesso na minha juventude.
E, engraçado, continua dizendo muito de mim.
Como ainda não sei postar vídeo, eis o link do clipe:  http://www.youtube.com/watch?v=l7H1HiV27FU

Alice não escreva aquela carta de amor (Leoni)

Tantos sonhos morrem
Em poucas palavras
Um bilhete curto
E já não há nada
Alice não se esqueça do nosso amor
Será que eu tenho sempre que te lembrar
Todo dia, toda hora
Eu te imploro por favor
Refrão:
Alice não me escreva aquela carta de amor
Alice não me escreva aquela carta de amor

Sempre tive medo
Das suas idéias
Porque você precisa
Ser tão sincera
Alice eu tô treinando prá te enfrentar
Tenho mil motivos prá você me suportar
Fica mais uma semana
Nesse tempo a gente engana

Todo mundo sabe de alguma coisa que eu não sei
De um filme que eu não vi de uma aula que eu faltei
Por mais que eu tente eu nunca chego no horário
Eu perco tudo o que eu ponho no armário
Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil
A fila que eu escolho vai sempre andar mais devagar
E o troco acaba bem na hora em que eu vou pagar
Se eu me distraio um único instante
Pode apostar que eu perco o mais importante
Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil
Os vizinhos devem rir por trás do jornal
E eu desconfio de um complô, o maior que já se armou
Uma conspiração internacional

Vai me dizer que nunca se sentiu assim? Jura? Poxa, então eu não sou normal.
Acorda, Alice!

Amor incondicional

Não o conheço. Nunca trocamos sequer um "bom dia".
Mas seu olhar me incomodou desde a primeira vez.
Um olhar severo, dividido entre a admiração e o sarcasmo. Não sei explicar direito...
Achei que fosse bobagem.
Não era.
O tempo provou isso.
Não faz mal.
Quero-te bem. Oro por você.
Que o Senhor te abençoe e te guarde. Hoje e sempre.
P.S: Val, querida, muito obrigada!
Carinhos meus!

14.10.10

A Vida Começa aos 40

Sinto falta do meu computador. Muita falta. Lá dentro tem um pedaço de mim. Fotos de amigos, textos que me foram enviados. Textos que escrevi e nunca publiquei. Alguns poemas, crônicas, pensamentos meus... minha monografia e TCC da Pós Graduação. Enfim, coisas minhas, que vou reaver em breve, mas que me fazem falta. Como faz falta, por exemplo, o primeiro texto dessa série que pretendia postar aqui no blog.
Na falta dele, por enquanto, tento reescrever novas linhas adequadas à realidade do hoje, pois o ontem já se foi e o amanhã quem saberá?
Bem, o fato é que no dia em que completei 22 anos de carreira no jornalismo acreano, comecei – ainda que não soubesse - ,  uma nova etapa de vida. Etapa esta que não começou agora, mas em outubro do ano passado (2009). Como para se chegar lá é preciso de muitos passos, acho que cheguei em algum ponto do caminho. Agora não mais escrevendo  uma coluna diária. Não mais só a política e seu dia-a-dia. Um pouco de tudo. Um quase nada.
De certeza só mesmo a citada acima: a vida começa aos 40. No entardecer da primavera dos meus 40 janeiros, deixo as águas de março rolarem sem medo. As lágrimas que saem dos olhos são espelhos da minh’alma. Já não estou só. Confio. Ando sobre as águas sem medo. E elas já não estão nos arteiros. Nem nos joelhos. Me tomam pelos ombros...
Sigo em frente. Dou graças a Deus pela fé que move, remove, derrubou as muralhas de Jericó que me cercavam – ao soar da trombeta - e, ao mesmo tempo, me mantém firme tal qual a casa firmada na rocha.  Amanhã explico melhor.
Carinhos meus.
Espalhem por aí.